quarta-feira, 18 de julho de 2012

WOC 2012 - Check Points

     Nesta quarta-feira não tivemos provas no Mundial que ocorre na Suíça. Nossos atletas brasileiros, que não obtiveram sucesso na busca de uma vaga para as finais de quinta-feira aproveitaram o dia. Mas não para descansar. Participaram dos percursos do Swiss 5 Days, um campeonato paralelo que aproveita as áreas mapeadas para o Mundial. Destaque para Leandro Pasturiza, que concluiu o percurso Elite em 11º lugar, com 2h 13' 27". Parece-nos ter sido uma prova bastante desgastante com 11,4 Km e 625m de desnível, vencida por Martin Hubmann com 1h 53' 46" e com Adreas Kyburz em segundo. Ambos são suíços e possuem irmãos titulares da equipe nacional (Daniel Hubmann e Matthias Kyburz).

Final do Percurso Médio

     As três distâncias (Sprint, Médio e Longo) constituem campeonatos distintos. Não há somatório de tempos ou pontos e sim campeões para cada distância. Ontem tivemos as finais do percurso médio. Algumas surpresas chamaram a atenção, como o primeiro ouro de um letão e as ausências no pódio dos favoritos Thierry Gueorgiou e Simone Niggli-Luder.

Masculino (6,5 Km / 240m / 20 pontos):
1º Edgars Bertuks (Letônia) - 36'45" 
2º Valentin Novikov (Rússia) - 36'50" 
3º Fabian Hertner (Suíça) - 37'10"

Feminino (5,5 Km / 170m / 18 pontos):

1º Minna Kauppi (Finlândia) - 37'37"
2º Tove Alexsandersson (Suécia) - 38'09"
3º Tatyana Riabkina (Rússia) - 39'03"




Final do Percurso Sprint

     Ainda no primeiro dia de competições tivemos as provas qualificatórias e finais do Sprint. Domínio dos donos da casa, que completaram o pódio masculinos com o trio de Matthias. No feminino, mais um ouro para Simone Niggli-Luder, que corria em casa.


Masculino (4,2 Km / 80m / 20 pontos): 
1º Matthias Kyburz (Suíça) - 15'32" 
2º Matthias Merz (Suíça) - 15'49" 
3º Matthias Müller (Suíça) - 15'59" 


Feminino (3,7 Km / 60m / 19 pontos): 
1º Simone Niggli-Luder (Suíça) - 15'43" 
2º Maja Alm (Dinamarca) - 16'20" 
3º Annika Billstam (Suécia) - 16'28"

Um evento para a mídia
     
     Já é sabido o quanto orientação é um esporte conhecido para os suíços. Um exemplo é o fato de Simone Niggli-Luder, a multi-campeã ser em 3 oportunidades agraciada com o título de melhor desportista nacional do ano, ao lado de Roger Federer.
     Porém, é surpreendente ver que a final do Sprint foi transmitida ao vivo em dois canais locais, um em idioma alemão e outro em francês, obtendo audiência de mais de 20% dos aparelhos ligados no horário (sábado à tarde). A produção e divulgação do esporte é um objetivo da IOF, como parte dos planos de torná-lo esporte olímpico e inclui percursos em área urbana (sprint), arena e ponto do público, câmeras filmando em rotas mais prováveis, uso de SI-Card com emissão de sinal de rádio e GPS transmitindo a localização exata dos atletas e seus tempos em comparação a outros atletas. Lembra muito a transmissão das corridas de Fórmula-1, com as parciais aparecendo imediatamente após o atleta passar pelo controle.
     Na arena, o público é bem informado e consegue acompanhar pelo telão de alta definição tudo o que ocorre no percurso. Ano passado, no mundial da França, era possível a compra dos mapas com os percursos das finais e de listas com horários de partidas. Muita gente comprava e ocupava um local na arena para acompanhar as finais.
     É claro que isto só ocorre em alguns poucos eventos de orientação, mas é uma mostra da força e do potencial deste belo esporte, e da possibilidade de atrair a atenção de mídia e público para os campeonatos.

Nações emergentes 

     Ao vencer o percurso médio, o letão Edgars Bertuks obteve um inédito ouro para a Letônia e aponta para a emergência de novas nações vencedoras no esporte. Tradicionalmente temos o domínio absolutos de países nórdicos e da Suíça, mas o número de países que surgem como novas potências está crescendo.
     Thierry Gueorgiou já havia colocado a França como grande vencedora, tal qual Andrey Khramov havia conquistado espaço para a Rússia. E a australiana Hanny Allston, em 2006, obteve o primeiro ouro para um atleta de fora da Europa.
     Surpresas neste ano, além do ouro para a Letônia, foram a classificação de 3 chinesas para a final do Sprint, sendo que uma classificou-se em 13º, e o 9º lugar na mesma prova para uma neo-zelandesa.
     Ainda, é destaque a participação de novos países, como Barbados em 2011 e Quênia neste ano.

    Nesta quinta-feira teremos as finais do Longo. Para acompanhar, siga o site do WOC, onde é possível visualizar o mapa e a localização por GPS de cada atleta. Estaremos passando informações ao vivo pelo perfil de Sara Dornelles no Facebook.
    No sábado os brasileiro retornam para o revezamento, onde teremos uma equipe no masculino.

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