domingo, 14 de agosto de 2011

Diário do Mundial 2011 - III

    Ontem, dia 13, tivemos o início efetivo das competições. Somente eu e a Sara nos aventuramos no desgastante percurso longo. A organização traçou um percurso mais curto que o habitual para o Mundial, devido ao grande desnível e a dificuldade de correr, pois na região existem muitas pedras, galhos e troncos no chão, além de a vegetação também apresentar galhos baixos que travam o deslocamento.
     Sentimos muita dificuldade. Tecnicamente pela escala 1/15.000, a que não estávamos acostumados e pela grande quantidade de detalhes do mapa, especialmente o uso exagerado de curvas de nível auxiliares. O mapa foi alvo de crítica inclusive da IOF, que afirmou que a França não escolheu uma área boa para a competição, nem utilizou os melhores mapeadores.
    FABIO: tive muitas dificuldades na parte técnica, errando alguns pontos logo no início do percurso. Com isso, acabei subindo curvas de nível desnecessariamente. Creio que devo ter subido 600m ou mais em desnível. Logo após a pernada mais longa (entre os controles 4 e 5), comecei a sentir bastante cansaço. Após passar pelo ponto 10, tive cãibras, que ficaram mais fortes e tornaram impossível minha corrida após o ponto 12. Deste ponto até o próximo, havia cerca de 150m de desnível, em que tive que parar para tentar me recuperar das cãibras. Caminhei o resto do percurso, com a única intenção de completar.

     SARA: Tive muita dificuldade na parte física. Os primeiros três pontos foram tranquilos, dando confiança. Para o quarto ponto, resolvi fazer a volta pela curva de nível, já que existiam trilhas das vacas no morro. Para o quinto ponto cometi o erro de não olhar muito além do traçado do percurso, descendo e subindo o grande talvegue do mapa. Quando percebi que não tinha condições para subir as curvas de nível do branco, fiz a volta pela direita e pequei a estrada. Nela, entrei na curva errada, talvez por ter contado passo duplo com uma passada menor que o habitual (sem perceber) e pela escala dificultar a visualização correta das curvas (elas são bem mais acentuadas no terreno). Entrei em uma trilha semelhante à do ponto e fiquei procurando por um longo tempo (entrei para atacar o ponto com 40' e saí com 1:10'00'' aproximadamente). Meu segundo erro foi na insistência pois a área era muito semelhante. Quando caí na estrada, percebi que estava a uns 300m do ponto, mas resolvi desistir já que tinha muita subida pela frente e já estava exausta. Essa primeira impressão ficará para aprendizado.
  
     Dentro de 3 horas, estaremos iniciando o percurso médio, que dizem que está tecnicamente mais difícil que o longo. A Sara e o Ronaldo são os primeiros atletas a partir. O Fabio sai um pouco mais tarde. Hoje buscaremos melhorar nossos resultados.

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